quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Charge

Mauricio Ricardo sempre é bastante inteligente e sensivel nas suas charges. Hoje, visitando seu site, me deparei com uma cômica e muito criativa crítica à idealização que as jovens fazem ao vampiro Edward. Sobram criticas para Luan Santana (menino que faz coração com a mão) e para o Fiuk (menino que usa calça verde limão). Mesmo sendo apaixonada pelo Edward e pelo Luan Santana adorei a charge.


A letra da musica tá ai....



A menina e o Vampiro

Pai, cê acha que eu posso encontrar
Um vampiro lindo que queira casar?
Não, minha filha! Não!
Não, minha filha! Não!

Pai, cê acha que vampiros são legais
Quando eles só bebem sangue de animas?
Não, minha filha! Não!
Não, minha filha! Não!

Pai se eu deixar um vampiro me chupar
Você vai ficar de boa, sem brigar?
Não, minha filha! Não!
Não, minha filha! Não!

Filha o papai não quer ser radical
Se o menino for bonzinho e normal
Pode usar calça verde limão
E fazer coraçõezinhos com as mãos

Filha o papai só quer ver o seu bem
Meu amor, você não vai achar alguém
Cuja adolescência não termina
E no sol brilha feito purpurina...

Pai, vampiro de verdade eu nunca vi
Mas cê acha que existem por aí?
Não, minha filha! Não!
Não, minha filha! Não!

No Discovery eu vi um especial
Pode ser que existam sim, você é mau!
Não, minha filha! Não!
Não, minha filha! Não!

Filha o papai não quer ser radical
Se o menino for bonzinho e normal
Pode usar calça verde limão
E fazer coraçõezinhos com as mãos

Filha o papai só quer ver o seu bem
Meu amor, você não vai achar alguém
Cuja adolescência não termina
E no sol brilha feito purpurina...

Pai, cê acha que eu posso encontrar
Um vampiro lindo que queira casar?
Pai, vampiro de verdade eu nunca vi
Mas cê acha que existem por aí?

Não, minha filha. Não...

(Letra e música: Maurício Ricardo. Produção: Maurício Ricardo)
http://www.youtube.com/watch?v=T9VIRtYONXE&feature=player_embedded

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sindrome da Cinderela




Tenho pensado bastante na tão chamada Síndrome da Cinderela. Nesses pensamentos me questiono por que eu e muitas “meninas” da minha idade são, vamos dizer, vitimas dessa epidemia cada vez mais freqüente no século XXI.

A resposta eu ainda não obtive, mas consegui várias suposições, teses, teorias, teoremas e exemplificações. A minha primeira teoria é de que os príncipes deixaram de existir, pelo simples fato das cinderelas não ficarem mais esperando o sapatinho de cristal para dar andamento na vida. A gente corre atrás, faz faculdade, trabalha rala, faz milagres para estar de acordo com os padrões de moda e estética, de cultura e de comportamento. E o príncipe o que faz? Se assusta com a autonomia e a liberdade da princesa. Tem medo de não acompanhar, de não ser o par ideal e se frustra. Vivemos uma época em que os príncipes têm síndrome de inferioridade.

Pode ser um pouquinho comum a minha primeira teoria, mas ela é resultado de grandes discussões e bate papos com as minhas melhores amigas. A segunda teoria é um pouco mais aceitável, eu acho. Mas, tão verdadeira quanto a primeira: penso que a nossa cultura, extremamente machista, nos leva a acreditar – por meio de filmes, seriados de Tv, Novelas, livros e publicidade – que um belo príncipe em um cavalo branco chegará sorrindo e nos levará para um mundo perfeito, cercado por uma arredoma, onde apenas a felicidade é permitida. Mas, na real o príncipe não chega, o mundo perfeito não existe e a felicidade constante torna-se cada vez mais difícil.
Exigimos muito de nós. E, por tabela criamos estereótipos inatingíveis do companheiro ideal. Tem que ser lindo, educado, simpático, bem sucedido, bem relacionado, bem vestido, amoroso e disposto a doar um pedaço da sua vida para nos fazer felizes. Mas será que as cinderelas estão preparadas para ser a companheira desses príncipes? Será que elas estão dispostas a ser para os príncipes aquilo que elas querem que eles sejam?

Na verdade, nesses meus pensamentos eu apenas consegui mais duvidas. E tenho cada vez mais certeza que os tão sonhados Edward e Romeo não estão preparados para serem príncipes das “pobres meninas” que sonham com o príncipe da cinderela. As princesas deles tem menos crise de existência, menos duvidas e menos exigências. Por isso são mais felizes....

E eu continuo em crise....