terça-feira, 1 de março de 2011

A Sandy na minha vida


A Sandy foi a criança que eu queria ser. Depois ela se tornou a adolescente que eu queria ser. Mais na frente a mulher que eu queria ser. E hoje ao ver o comercial da Devassa tive a certeza que eu continuo querendo ser como Sandy.


Na minha infância e adolescencia ela me encantava. Era linda, meiga, delicada, talentosa, uma verdadeira princesa que vivia em um reino encantado, onde tudo era possível  e aceitável. A mocinha das escolhas e decisões corretas; a amiga verdadeira; a pessoa de confiança. Uma boa menina, assim que a gente via a Sandy nos show's e em seu seriado de TV. Até os namorados eram acertados e encantados. Recordo o quanto eu torci para que ela e a o Paulinho Vilhena dessem certo! Mas o Paulinho Vilhena marrento e playboy, nunca daria certo com a Sandy né, afinal a escolha acertada era dela e não a minha - que certamente seria o VIlhena.



A Sandy escolheu o Lucas Lima.. Sem muito brilho, sem muita marra, sem muito charme.... O namorado que nem uma de nós, que éramos fãs dela, desejaríamos. E, ninguém entendeu a escolha da Sandy. Mas todo mundo torceu para ela ser feliz e o casamento dar certo! E, parece que realmente é muito feliz.  E, mais uma vez eu queria ser a Sandy e ter encontrado o principe, em uma pessoa que muitas não acreditam ter nobreza.


Fez uma festa linda casou, acabou com a dupla, seguiu carreira solo, mas continuou no coração de um monte de gente e continua fazendo parte da vida, da história e da memória de muita gente. Pra mim a Sandy, a voz dela e as imagens dela lembram uma época muito gostosa da vida, em que tudo era mais fácil e na pior das dificuldades a gente gritava Mãeeeeeeeeeeee e tudo se resolvia.


Hoje quando vi a Sandy no comercial da Devassa percebi que crescemos, mas veio na minha mente uma sucessiva série de boas recordações dela, que me levaram a lembrar de tantas coisas boas do passado!  Além disso cada mudança da vida dela reflete na vida da gente! Somos praticamente da mesma idade,  me inspirava nela, queria ser ela... Mas ela soava como intocável. O comercial da devasse trouxe ela para perto da gente.. Humana e passìvel de erros!

Saudades ( Miguel Falabela )

 Achei verdadeiro, sensível e oportuno para o que estou sentindo hoje.



"Devemos ter feito algo de muito grave,
Para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé , doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.Saudade de um irmão que mora longe,
Saudade de uma cachoeira da infância,
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais,
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu,
Saudade de uma cidade,
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem estas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada,
Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet,
A encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
Se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando McDonalds,
Se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler. "