terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Eleição, futebol e afins

Ano de eleição é ano de eleição. Não tem jeito! Da mesma forma que ano de Copa do Mundo é ano de Copa do Mundo! E, no Brasil estas duas paixões nacionais acontecem no mesmo ano. Resultado: ano tumultuado e conversas praticamente voltadas ou o para futebol ou para política. Temas que a sabedoria popular prega que não devem ser discutidos.

É bastante interessante a paixão e o apego popular á política. Por que, apesar de influenciar direta e indiretamente a vida de todos, esta arte nunca foi muito aberta à participação popular, a não ser na hora de ganhar o voto do eleitor. E, eu tenho a impressão que no interior, onde as linhas políticas coincidem – muitas vezes – com as linhas da ordem genealógica, o engajamento e a vontade de estar a par das noticias e fofocas deste segmento são maiores.

A paixão pelo futebol também é bem interessante! Sempre se tem um time do coração, um arqui-rival, um jogador admirável, um jogador detestável e o juiz que é sempre ladrão. Coisas de brasileiro! A verdade é que muitas vezes, ao longo da nossa história, pudemos visualizar o futebol como circo, como instrumento de entretenimento e desvio de atenção, ou mesmo como ferramenta de manipulação das massas.

Como exemplo podemos usar a seleção brasileira na década de 70, durante os governos ditatoriais, autoritários e ufanistas. (Nossa!! Consegui bastante adjetivos para a ditadura militar). O atual presidente pop também se utiliza do futebol para se tornar “um homem do povo”, um homem semelhante ao homem das massas. Será que é por acaso que ele torce para o Corinthians? Justo o time paulista que tem a segunda maior torcida do Brasil?

To apostando na teoria de que se ele tivesse militado no Rio de Janeiro, os marqueteiros e profissionais e cuidam da imagem iriam orientá-lo a torcer para o Flamengo, que também é time detentor de um grande número de admiradores. Sei que estão achando que estou ficando neurótica, e que aparento estar com mania de conspiração. Mas me digam: Algum de vocês lembra o time para o qual torcia o show man Fernando Collor de Mello? Ou para quem torcia o mineiro Itamar Franco? E o sociólogo FHC, era simpatizante de qual time?

Coincidência, estratégia ou neurose a verdade é que justo no retorno do ufanismo ao governo brasileiro, percebemos o retorno do futebol como estratégia de popularização e massificação da imagem do presidente! Se a didatura tivesse acesso á tanta tecnologia, imagem quais seriam as obras cinematográficas da época!

Fica pra refletir!



Nenhum comentário: